Luciene Taróloga
terça-feira, 12 de janeiro de 2016
Estou de volta!
terça-feira, 15 de maio de 2012
Agenda de Cursos de Tarô em Belo Horizonte
Posso formar turmas nos seguintes dias e horários:
De segunda a sexta: das 9 às 12 e das 19h30 às 22h30
De segunda a sexta - APENAS PARA O CURSO BÁSICO - das 14 às 17 horas
Sábados - das 9 às 12 ou das 14 às 17 horas
Os interessados devem escolher o curso e o horário para que eu possa formar as turmas com, no mínimo, três pessoas cada.
Curso básico de tarô (para iniciantes): O curso vai oferecer informações básicas sobre origem e história do tarô e o conteúdo completo dos Arcanos Maiores. O aluno também aprenderá técnicas básicas de jogos e será capacitado a fazer atendimentos utilizando os arcanos maiores. Àqueles que se identificarem com o tarô e desejarem mais conhecimento do oráculo, é aconselhável continuar os estudos de aprofundamento. Este curso é composto por 6 aulas (totalizando 18 horas), uma vez por semana, com início previsto para 22 de maio (ou outro dia da mesma semana) e encerramento na última semana de junho.
Investimento: 1 x R$ 360,00 ou
2 x R$ 200,00 (total R$ 400,00)
Curso completo de tarô (para iniciantes): Este curso fornece informações mais profundas sobre origem e história do tarô, o conteúdo completo dos Arcanos Maiores e Menores, além de conhecimentos de filosofias e informações sobre simbologia que ampliam a compreensão das cartas. O aluno aprende, também, técnicas mais profundas de jogos, que lhe permite um atendimento mais amplo e sofisticado. Este curso é composto por 16 aulas (totalizando 48 horas), uma ou duas vezes por semana. Para turmas com aulas semanais, o deve ir de 14 de maio a 9 de julho e de 6 de agosto a 24 de setembro. Com duas aulas por semana, ele se encerra em julho.
Investimento: 1 x R$ 900,00
2 x R$ 462,50 (total R$ 925,00)
3 x R$ 317,00 (total R$ 951,00)
4 x R$ 250,00 (total R$ 1.000,00)
Técnicas Avançadas de Tarô (é necessário conhecimento básico): Curso de aprofundamento dos significados dos arcanos maiores nas quatro áreas abordadas: amor, finanças e trabalho; autoconhecimento e espiritualidade. É dividido em 4 módulos, nos quais além da parte teórica também são ensinados métodos específicos para cada área, totalizando mais de 20 jogos diferentes. São 16 aulas, uma vez por semana. Início previsto para a semana de 21 de maio. Os dois primeiros módulos serão realizados até a semana de 9 de julho e os dois últimos serão retomados em agosto, com término previsto para final de setembro.
Investimento: 1 x R$ 1.080,00
2 x R$ 555,00 (R$ 1.110,00)
3 x R$ 380,00 (R$ 1.140,00)
4 x R$ 300,00 (R$ 1.200,00)
Desvendando o Mandala no Tarô (necessário conhecimento dos arcanos maiores e menores): Curso para afrofundar os conhecimento sobre o mais completo método de tarô, o Mandala. Vamos avaliar todos os significados das 13 casas do jogo, compreender as interações entre as casas, o ritimo da leitura e analisar outras pessoas no método (pai, mãe, filho, parceiro, etc). A última aula será ministrada por Marcelo Martuchele, que apresentará uma técnica para avaliar a previsão do futuro das casas em até um ano. São 5 aulas.
Investimento: 1 x R$ 350,00
2 x R$ 195,00
Workshop Práticas do Mandala, um estudo de caso (necessário conhecimento do método): Vamos treinar a leitura completa deste jogo e tirar dúvidas de interpretação. Utilizo um mandala, do qual já tenho o feedback completo para analisarmos as leituras dos participantes e como ocorreram as previsões do jogo. Podemos, ainda, analisar jogos pessoais. São três aulas corridas. Data prevista: de 21 a 23 de maio.
Investimento: 1 x R$ 200,00
2 x R$ 110,00
Observações:
- O investimento inclui certificado, material didático (apostila) e café;
- Os ex-alunos fazem jus a um desconto de 10%;
- Cada indicação representa 5% de desconto; acima de 10 indicações, o aluno tem direito a bolsa integral;
- Descontos especiais para grupos fechados (mínimo de 8 alunos)
- As vagas são limitadas;
- Os alunos dos cursos Básico, Completo e Técnicas Avançadas precisam elaborar um trabalho de conclusão de curso para apresentação no seminário realizado no ato da formatura;
- A matrícula é confirmada após o pagamento integral ou da primeira parcela;
- A desistência não pressupõe o retorno do pagamento realizado. Apenas se tiver sido em uma parcela única, o aluno fará jus ao ressarcimento da metade, desde que tenha frequentado menos de 25% das aulas;
- O calendário pode sofrer alterações em função de feriados ou negociações com a turma.
domingo, 3 de julho de 2011
Conversa de princesa
Nossas amigas Berna e Inês vão fazer uma pequena apresentação, personificando características de alguns arcanos. A história narra uma hipotética conversa entre a princesa Diana e sua grande amiga, a ex-embaixatriz Lúcia Flecha de Lima. A proposta é que a plateia identifique quais os arcanos estão sendo representados. São três personagens: a princesa, encarnada por Inês Daibert, sua confidente, protagonizada por Bernadete Maia; e o príncipe Charles, personagem invisível que é o pivô do diálogo. Então vamos lá!
Numa cinzenta e morna manhã de outono, num dos mais íntimos e escondidos aposentos do suntuoso Palácio de Buckingham, em Londres, a princesa Diana abre seu coração para sua mais íntima amiga, a brasileira Lúcia Flecha de Lima.
Diana: Minha amiga, que bom que atendeu ao meu apelo. Estou tão angustiada.
Lúcia: Ora Di, não tem o que agradecer, afinal amigos são para essas horas não é? Me conte sua aflição.
Diana (chorosa e melodramática): Ai Lucinha, meu coração está dilacerado, minha cabeça muito confusa, minha alma...
Lúcia (interrompendo a amiga): Deixa de drama e lenga-lenga Di. Vai direto ao assunto. Não estamos representando pra ninguém né? Fala logo qual é o babado.
Diana (cochichando como se estivesse medo de ser ouvida): é que eu tô muito indecisa e preciso de uma orientação.
Lúcia: por quê está cochichando? Ninguém vai nos ouvir nesse fundão do castelo.
Diana (em tom normal, como se caísse a ficha): é o costume Lucinha. Aqui até as paredes têm ouvido. E línguas enormes. Bem, mas vamos lá. É sobre o Charles...
Lúcia (interrompendo novamente): ih! lá vem você de novo falando desse homem. Vocês já não tinham rompido? As fofocas na corte falam até que ele já se enrabichou com aquela mocréia da Camila...
Diana: sim, é verdade, mas o problema está exatamente aí. Ele está me rodeando de novo, falando em reconciliação, essas coisas. Ai, Lucinha, ele tá tão romântico
Lúcia: Ah, não, Di, não acredito que você vai cair nessa de novo. O cara é um safadão. Todo mundo sabe que só casou com você pra agradar a rainha e ficar bem na fita.
Diana: mas agora parece que ele mudou. Tá tão diferente, apaixonado, romântico, ardente (demonstrando que começa a ficar com tesão). Ai, até arrepio!
Lúcia (resmungando): lá vem o golpe...
Diana: O que você disse?
Lúcia: nada, nada, minha amiga. Mas pensa bem, ele nunca largou a Camila. Você acha que vai largar agora?
Diana: acho, Lucinha. Ele parece tão sincero...
Lúcia (resmungando): Santa Inocência!
Diana: Hã?
Lúcia: Di, minha amiga, não tô querendo ser rude. Mas se me chamou é porque quer meu conselho não é?
Diana: Claro querida.
Lúcia: então vou ser direta pra ver se você entende: desencana minha filha. Presta atenção. Esse cara não vale nada. É um bom vivant, um traíra, mentiroso, falso...
Diana: Credo, Lucinha, você também é muito amarga. Não acredita que as pessoas possam mudar?
Lúcia: NÃO!
Diana: Que horror! Isso é porque você não viu como ele está diferente. Até me mandou uma lingerie nova dizendo que é pra eu usar nos nosso encontro.
Lúcia: que encontro?
Diana: hoje à noite ele vem aqui. Pediu que eu deixasse a janela destrancada, porque ele vai escalar as paredes. Não é romântico?
Lúcia: Romântico? Isso é desnecessário! Ele não tem mais a chave do palácio?
Diana: Ai, Lucinha, claro que tem, mas ele quer criar um clima, não entendeu? Ah, deixa pra lá, você não é mesmo nem um pouco romântica, não vai compreender. Bem, isso não interessa. O fato é que eu te chamei aqui pra te contar que eu vou retomar meu casamento. Será melhor pra todos, para os meus filhos, para mim, para o Charles, para a Inglaterra!
Lúcia (cochichando): Exagerada! Tá bom, Di, já vi que nada do que eu disser vai mudar sua ideia. Eu só queria que você ficasse mais esperta amiga. Esse amor pode acabar te matando.
Diana: Como assim Lucinha?
Lúcia: é só força de expressão, Di. Claro que você não vai morrer, pelo menos espero que não por causa desse pulha. Quer um conselho? Esqueça esse Charles narigudo, olhe em volta! Existem outros homens muito mais interessantes. Já andou olhando os serviçais? Hum, tem cada um...
Diana (interrompendo): Credo, Lucinha, olha a compostura! Eu hein? Tenho um nome a zelar, afinal sou uma princesa!
Lúcia: Hã hã... (desdenhando). Vamos fazer uma coisa. Vamos pedir um conselho para o tarô. Pergunte se você deve voltar para o Charles.
Lúcia: Veja amiga, saiu a torre
Diana: e o que isso quer dizer? que vamos mesmo voltar a morar num castelo?
Lúcia: Nada disso Di, quer dizer NÃO. Você não deve voltar pra ele. Deve desistir dessa ideia, esquecer o passado, quebrar paradigmas.
Diana: para o quê?
Lúcia: Paradigmas, Di, ou seja, romper os padrões, entendeu? Bem, de qualquer forma é não.
Diana: eu não acredito nas cartas. Vou seguir meu coração.
Lúcia: as cartas não mentem, Di. Depois não diga que o tarô não avisou.
Diana (saindo, com ar de confiança, o rosto levantado): Confio mais nas palavras do Charlezinho. Ele mudou! Tenho certeza!
Lúcia (também saindo, dando de ombros): Pago pra ver o fim dessa história. (voltando pra plateia). Vocês já sabem qual é né?
Discurso de Formatura
Há quatro anos, quando perdi minha mãe, perdi, também, meu chão, meu porto seguro, perdi muito da minha vontade de viver. Paralelamente, estava num momento de grande envolvimento com o tarô. Deslanchava nos estudos, começa a me tornar conhecida no Orkut, ultrapassando os limites geográficos. Começava a dar cursos dos arcanos menores.
Foi um período de grandes mudanças. Por um lado, a vontade de largar tudo e me afogar em minha tristeza, aquietar-me no buraco escuro e sem fim que se fez em minha alma.
Por outro lado, sentia o chamado para envolver-me mais no estudo e na disseminação deste oráculo que há tão pouco tempo começou a ocupar um espaço em minha vida de maneira surpreendente, rápida e irreversível.
Tantas mudanças me deixavam tonta. Queria morrer, mas a vida insistia em me cutucar. Mais e mais pessoas se aproximavam de mim. Pessoas de diferentes lugares, com personalidades diversas, interesses múltiplos, mas com um desejo comum: esmiuçar, compreender, discutir e se envolver com o tarô.
E nessa deriva, deparei-me com uma psicóloga cromoterapeuta, que aliando o conhecimento acadêmico à sabedoria das cores e ao seu dom espiritual ajudou-me a encontrar a âncora que me prenderia novamente ao chão até definir a nova rota de minha vida.
Foi numa dessas sessões que deciframos um sonho estranho que descortinou um novo caminho e me devolveu a esperança e a fé.
Sonhei com minha amada e saudosa mãe. Não havia cenário, nem mais personagens. Apenas nós duas, num ambiente que podia ser qualquer lugar: vazio e inexpressivo. Sem passado ou história o sonho se resumiu a um pequeno, repetitivo e rápido diálogo.
Minha mãe me dizia: “você tem que colocar o prato na cabeça das pessoas”.
Angustiada, sabendo o que ela dizia, mas sentindo-me incapaz de obedecer sua ordem, eu retrucava:
- Mas como mãe? Eu não consigo fazer isso.
Com voz suave, mas firme, ela apenas repetia, como se não pudesse mais me orientar:
- Você tem que colocar o prato na cabeça das pessoas. Você precisa colocar o prato na cabeça das pessoas.
E assim se seguiu por alguns minutos, que me pareceram eternos. Acordei atordoada, confusa, curiosa. Sentia que minha adorada mãe era um mensageiro. Mais que uma ordem, era o anúncio de uma missão. Mas qual? O que queriam dizer aquelas poucas, mas tão curiosas palavras?
Ao relatar a experiência para Inácia, minha cromoterapeuta, desvendamos juntas o mistério. O prato é o utensílio que usamos para colocar nosso alimento, que nos nutre, nos dá vida, nos sustenta.
A cabeça é o órgão onde depositamos nossos pensamentos, nossos sonhos, nosso conhecimento. É nossa via de comunicação, de expressão, de interação com o mundo e com as pessoas. É a depositária e o guardiã de nossa sabedoria.
Entendemos, enfim, que colocar o prato na cabeça das pessoas é passar para elas a minha experiência, o meu conhecimento para que elas se nutram disso. É alimentar não o corpo, mas a mente daquelas pessoas que me buscavam. É transmitir para elas o conhecimento que alimentaria, além da mente, as suas almas. É disseminar o tarô!
E a partir desse entendimento, reconheci que não podia encerrar em mim o conhecimento que o universo me oferecia sobre esse oráculo maravilhoso. Que fazia parte de minha missão, colocar o prato na cabeça de mais pessoas que, por sua vez, fariam o mesmo e, assim, se formaria uma rede infindável e viva. Um caminho eterno que se propaga e envolve cada vez mais pessoas.
E hoje, depois de percorrer esse novo caminho sem volta, retorno aqui para cumprir, mais uma vez, a missão que recebi. Colocar o prato na cabeça de cada uma de vocês. Espero, do fundo de meu coração, que vocês se alimentem e se fartem desse alimento, mas que também, o compartilhem com outras pessoas famintas de sabedoria e orientação. Não coloquem o prato na cristaleira. Coloquem-no numa mesa comunitária. Multipliquem esse pão, para que nunca falte alimento à quem precisa. Façam sua parte e usem seus próprios temperos para saciar a alma das pessoas que encontrarem em seus caminhos. O prato é apenas um utensílio; quem escolhe e prepara o alimento que ele carrega somos nós. Então minhas amigas, coloquem o avental que eu as convido a serem as novas chefs do tarô.
Bem, agora vamos então diplomar as novas chefs. Pensei em pratos que combinem com cada uma das formandas.
A primeira turma, do Curso Completo de Tarô, eu costumo brincar que é formada por umas macumbeiras. Duas delas são espíritas e a outra ainda não resolveu, mas tem um pezinho no terreiro. Escolhi, então, comidas típicas de oferendas, pra relembrar o clima das aulas noturnas.
A primeira é uma estudiosa de umbanda. Conhece tudo dessa religião tão intrigante. E pra combinar com seu sorriso sempre largo, pensei no munguzá prá Graça Vieira lembrar.
A outra também gosta de um terreiro, mas não é tão disciplinada. Um prato que santo também gosta pode representar essa moça, que tem personalidade forte, consistente como o Vatapá. Valéria vem prá cá apimentá.
E a última é só curiosa. Tem intuição, mas tem medo e não deixa a crença fluir. Prá combinar com essa pessoa, inquieta e eletrizante, uma pipoca cai bem, pois Cássia fica nesse vai e vem.Vem, que o canudo é seu.
Já a turma do Avançado é mais eclética no quesito religião. As filosofias se assemelham e buscam sempre a união.
A primeira é uma chef que prá aprender a cozinha já foi para o exterior. Mas seu principal ingrediente é o amor. A batata turca Kumpir, prá ver a nossa querida Dodôra sorrir.
O Estrogonofe lembra bem nossa terceira formanda. Elegante, refinada e deliciosamente aconchegante. Inês, vem buscar o diploma, que chegou a sua vez
Um prato bem quentinho como o Sol que a ilumina, vai combinar com a terceira, que é da turma a mais nova menina. Dri, o caldo de legumes te representa aqui.
A quarta chef é muito doce e suave, como as quitandas que fazia com carinho. Então a Berna lembra a broa de fubá, acompanhada de um café quentinho.
A última desta turma, sempre some e desiste no meio do caminho. O prato para a Cris não poderia ser outro que não o escondidinho.
A Temperança que virou torre - Adriana Krüger
"A temperança que virou torre...
Batizada Temperança, nascida em dia de Louco, tem como missão aprender com o isolamento do Eremita. Suporta a ansiedade da Temperança porque consigo tem O Louco. É ele que lhe alegra os dias e que, deliciosamente, está de novo na Casa central do seu mandala.
Certo dia ocorreu-lhe porém calcular quem por trás estava dos dois nomes que assinava. Eram duas escolhas, uma pessoal, outra profissional. E eis quem se revela, por trás das duas escolhas, ergue-se o mesmo arcano, aquele que construindo, desconstrói e desconstruindo, um novo mundo constrói.
Pode até demorar, pois é preciso se encher de esperança para se recuperar, fazer um novo mergulho em seu íntimo, voltar a brilhar, perdoar, para só então encontrar o novo mundo e fechar o ciclo.
Mas não é sobre o caminho que vou falar.
É como A Torre que me apresento. Mas não vim pra causar dor.
O que pretendo é mostrar que desconstruir-se pode não ser tão ruim.
Quem não consegue por tudo abaixo, jamais experimentará um novo começo.
A Torre ou Casa de Deus, como também é conhecida é o arcano que liberta.
Vem para quebrar paradigmas e permitir o novo começo.
É certo que alguma dor ela traz, até porque ela não vem por escolha, mas por mãos de outros. E nem sempre parece ser o momento certo, nem sempre parece ser a maneira correta, mas ela é implacável e vem porque tem que vir e põe abaixo tudo aquilo que é velho, inútil e descartável.
Vez por outra, aquele que desaba pergunta o porquê.
Eu gostava tanto disso ou daquilo... Queria tanto manter pra sempre...
Meus amigos, fiquem atentos, sempre é tempo demais.
Entregar e confiar é o melhor a fazer.
Não segure nada em vão, o porvir é sempre melhor.
A Torre vem para cortar os excessos do ego.
Você teve as chances de podar os excessos com A Morte, ponderou e manteve algumas coisinhas, ficou tão cheio de si que não poderia seguir em frente. E é ai que ela surge e zazzz...
Põe tudo abaixo!!
Agradeça a chance oferecida!
A Torre nos dá a oportunidade de uma viagem interior de pura libertação. É a nossa chance de corrigir os erros e apagá-los.
Todos construímos castelos ao longo da vida, mas vez por outra, uma pedra mal colocada, uma janela no lugar errado, uma porta emperrada vão deturpando nosso projeto original e o castelo, tão belo, se transforma numa morada tosca.
E então você, com medo de que tudo caia na tentativa de colocar no lugar aquela pedrinha, começa a por, aqui e acolá, escoras, arranjos, remendos.
Surge uma goteira e rapidamente um balde é colocado pra aparar a água.
O piso estufa e o sofá mais pesado é arrastado para disfarçar o estrago.
E assim, vamos ficando prisioneiros de nossos próprios medos, prisioneiros dos males do tempo.
É esse o momento da Torre, é agora que ela vem e faz o que precisa ser feito.
Como disse lá no início, meu arcano pessoal é a Temperança. E não quero, de forma alguma, descartá-la ou desprezá-la. Ela me dá um equilíbrio útil.
Mas, vez por outra, a necessidade de apressar as coisas faz com que eu lance mão de outros poderes.
O Louco, arcano de vida, naturalmente me ajuda a enfrentar o tédio da Temperança, mas tem horas, que só mesmo Torre....
Até meu Mapa Astral me pede isso: Quebre padrões, disse a astróloga. Então pensei: Torre!!
Seja aquela que abre os caminhos. Aqui, penso eu, preciso ser mesmo louca. Por os pés na estrada e iniciar minha jornada.
E antes de começar, por favor, não posso pensar muito. Que venha a Torre!
Como arcano de poder ela me conduz para a busca da verdade, um pouco Eremita que tenho como missão.
Me cobro muito e posso até ter prejuízos, mas a realidade me guia.
Preciso ter cuidado, pois o imprevisível, de forma quase previsível, ronda meu caminho.
Há muito me reconheço como a pessoa radical mais flexível que conheço.
Nessa mistura de arcanos, tenho muita convicção, mas nada que de tão rígido não possa ser mudado enquanto os olhos piscam.
Fiel aos meus princípios, faço bom uso de minha capacidade criativa e construtiva.
Armaduras abaixo! Preciso estar leve para enfrentar o mundo. Sem muito método, sem muito medo, por onde passo deixo minha marca. Apressada, preciso da Temperança para me freiar. Pobre dela, já penava para segurar o Louco, e agora, cismo de ser Torre... O Eremita, coitado, vai ter que ajudar.
Geralmente as mudanças da Torre tem origem no ambiente externo, provocando uma alteração drástica na rotina. Mudanças duras, difíceis, mas necessárias. Esse é o grande aprendizado da Torre via caminho da dor para a evolução verdadeira. As mudanças que vem de fora causam impacto no fundo de nossa alma. A Torre traz em si os princípios de restauração e renovação. Forte e frágil, a edificação rui, e com ela nossas crenças mais arragaidas.
Encontrei no site http://www.dassigny.com.br um convite para promovermos a nossa Torre, e peço que vocês me acompanhem nessa viagem.
Inspirando Luz, expirando Luz,
inspirando Luz pelo seu corpo inteiro,
expirando uma profunda sensação de bem estar,
deixando seus músculos se relaxar,
se abandonar,
você entra no Templo da sua consciência.
Para descobrir o segredo da Torre,
Começa de se imaginar numa Torre de pedra,
uma Torre de meditação.
A Casa-Deus.
Você está em uma Torre de solidão.
Meditando... ao redor de você olhando
as paredes de pedra.
Escutando o silêncio ao redor de você.
Percebendo:
Meu destino é uma Torre de pedra,
meu carma me aprisiona.
De repente, um raio, um relâmpago
ilumina o interior da torre,
um relâmpago que vem do mais alto,
de mais alto do que o alto da Torre.
Na luz do relâmpago percebe:
Eu sou o relâmpago.
Minha Torre é um relâmpago de Luz.
Você já vestiu a forma do relâmpago.
E você se lembra,
se lembra que você é uma consciência,
uma consciência sem forma,
infinita, livre, livre,
capaz de vestir qualquer forma.
Lembra-se que você não é suas roupas,
não é seu corpo, nem suas emoções,
lembra-se que é consciência pura,
é o Eu Superior que você é.
Inspirando a Luz, expirando a Luz,
você sobe para o Céu,
para o Infinito.
Desce.
Desce como a chuva, sem forma.
Desce em chuva.
Você é uma chuva de benções,
que desce para a Terra.
Ao chegar na Terra, você veste seu corpo humano.
Entra livremente na Torre do destino.
Entra na Torre, como entra um arquiteto.
Entra com o Poder de dar à Torre do seu destino
a forma que você quer.
E você arquiteta a Torre na forma de um castelo,
lindo, na beira de um rio,
onde se refletem árvores
e a beleza da construção alta que você edificou.
De novo você chama o relâmpago.
Do Nada, você chama o relâmpago.
Ao longo dessa corda de Luz,
sobe para o Infinito,
como o relâmpago que você é, num flash,
sobe para o Infinito.
Do Nada, do Infinito,
do Nada, cai em chuva.
Ao chegar na Terra, veste seu corpo humano,
seu corpo iluminado.
Entra na Torre.
Fala com a Torre.
Falando com a Torre do seu destino.
Diz à Torre: "Eu sou você".
Ao relâmpago que vem do Nada, fala,
dizendo: "Relâmpago eu sou você."
Sim, você é um relâmpago que vem do Nada, do Infinito,
para o espaço e o tempo.
Você é um relâmpago que se cristaliza
em Torre, em Casa-Deus,
você esta realizando a Grande Obra,
a Casa do Sol, a Casa da Consciência,
compartilhando da criação permanente do Universo.
Sim, você é um relâmpago que cria o Universo.
E você anda no Paraíso terrestre.
Do alto da Torre se espalha um vôo de pombos"